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sábado, 29 de janeiro de 2011

Contra Sarney, PSOL lança 'anticandidato' no Senado


Randolfe Rodrigues - PSOL AP
Jane Araújo/Ag.Senado

Dono de uma bancada de dois senadores, o PSOL decidiu “disputar” com o grão-pemedebê José Sarney a presidência do Senado.

Chama-se Randolfe Rodrigues o postulante do PSOL. Elegeu-se pelo Amapá, o mesmo Estado que mandou Sarney ao Congresso.

“Uma segurança nós já temos: o próximo presidente do Senado será do Amapá”, ironiza Randolfe. Ciente de suas limitações, o novato do PSOL se autodefine como um “anticandidato”. Compara-se a um velho ícone do ex-PMDB: “Nós carregamos o simbolismo de uma anticandidatura. Navegamos nas mesmas águas que Ulysses Guimarães navegou”.

Formado em História, o senador Randolfe alude um verbete da enciclopédia referente a 1973, ano em que o Brasil respirava os ares da ditadura.

Nessa época, Ulysses liderava um PMDB que ainda se chamava MDB. Sarney militava na Arena, o partido do regime militar.

Ulysses lançou-se na corrida presidencial. Sabendo-se derrotado, discursou assim na convenção do MDB, em 23 de setembro de 1973: "Não é o candidato que vai percorrer o país, é o anticandidato, para denunciar a antieleição, imposta pela anti-Constituição".

O general Ernesto Geisel prevaleceria sobre Ulysses no colégio eleitoral por 400 votos contra 75.
Mal comparando, dá-se coisa parecida no Senado de 2011. Sarney, agora um morubixaba do PMDB, tornou-se, por assim dizer, um candidato fluvial.

Todos os partidos com assento na Casa escoaram, em movimento lerdo e passivo, para o colo de Sarney.

Não fosse a decisão do PSOL de nadar contra a maré, Sarney seria unanimidade. “Pelo menos dois votos nós teremos”, diz Randolfe.

Sua conta inclui, além do próprio voto, o de sua única colega de bancada, a recém-eleita Marinor Brito (PSOL-PA). “A anticandidatura não é um gesto fortuito, impõe responsabilidades”, diz Randolfe. Mirando-se em Ulysses, o PSOL deseja como que denunciar uma “antieleição”.

Além do canudo de historiador, Raldolfe é bacharel em Direito e mestre em ciência política. Embora neófito nas artimanhas do Senado, parece dominar a simbologia da Casa.
Ele resume assim a mensagem de seu partido: “Nos últimos quatro anos, o Senado viveu uma gravíssima crise ética e moral...”

“...Seria importante que os senadores sinalizassem para a sociedade alguma preocupação com a mudança. Nós não acompanharemos a maioria”. Sarney caminha para a tetrapresidência sem o inconveniente de ter de debater um programa para sua “nova” gestão. Para diferenciar-se, Randolfe esgrime uma plataforma que, no mínimo, lembrará aos 81 senadores que, se quisessem, teriam o que fazer. Consiste em quatro pontos: 

1. Autonomia: “O Senado tem de ser protagonista da cena política, independente e autônomo. Não pode ser Casa de recepção de medidas provisórias. As que forem aceitas, tem de respeitar os preceitos constitucionais de relevância e urgência”.

2. Fiscalização: “O Senado, assim como a Câmara, tem a obrigação de exercer a nobre atribuição constitucional de fiscalizar os atos do Poder Executivo”.

3. Ética: “O Senado não pode fingir que nada aconteceu. A Casa tem de passar por uma profunda reforma ética: transparência de todos os atos e nomeações, contas na internet, tudo submetido ao controle público”.

4. Reformas: “Queremos agilizadar as reformas política e tributária. Não reformas de interesse dos políticos, mas da sociedade. O Congresso não pode ser presa do Executivo. Sua agenda tem de ser a agenda do Brasil”.

Segundo Randolfe, o PSOL não é movido a caprichos. O partido se dispõe a apoiar “outro candidato mais viável, que encarne a mudança”. Nesta sexta (28), o próprio Randolfe abriu diálogo com colegas de outras legendas. Procurou Lindberg Farias (PT-RJ) e Cristovam Buarque (PDT-DF).
Egresso do movimento estudantil, Randolfe conhece Lindberg da UNE. Os dois pintaram a cara e foram ao alfasto pelo impeachment de Fernando Collor. Hoje, porém, Lindberg está noutra. Integra uma megacoligação que inclui Collor e, sobretudo, Sarney. Disse que não tem como divergir da posição oficial do PT. Cristovam, ficou de fazer consultas. A legenda dele, o PDT, compõe a mesma supercoligação. Seu mandachuva, Carlos Lupi, chefia o Ministério do Trabalho. “Se o diálogo não prosperar, o PSOL terá candidato. Está resolvido”, diz Randolfe, em timbre peremptório.
Sabe que não tem a mais remota chance de prevalecer sobre o candidato fluvial. Mas deseja borrifar na corrente pró-Sarney palavras incômodas: “No mínimo, o Senado teria de fazer uma autocrítica. Tudo está acontecendo como se nada de extraordinário tivesse ocorrido aqui. A sociedade espera mais”.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Rede Contra o Tarifaço

A reunião contou novamente com mais de 40 pessoas e novas organizações, entidades e movimentos aderiram a esta rede (a listagem segue ao final).

Acompanhe:

28/01 - sexta-feira - Dia Nacional de Luta Contra os Aumentos das Tarifas de Ônibus - concentração as 11h na Boca Maldita para lançamento de nossa barraquinha. 

Lista das entidades, movimentos e organizações que estiveram presentes:

Movimento Passe-Livre - MPL
Diretório Central dos Estudantes - DCE/UFPR
Grêmio Estudantil do Colégio Estadual do Paraná - GECEP
Federação do Movimento Estudantil em História - FEMEH
Coordenação Nacional de Estudantes de Psicologia - CONEP
Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos Bancários - SEEB
Sindicato dos Trabalhadores da UFPR, UTFPR, Funpar/HC e IFPR - Sinditest/PR
Sindicato dos Servidores Públicos Municipais de Curitiba - SISMUC
Diretório Acadêmico Nilo Cairo - Medicina - DANC/UFPR
Centro Acadêmico de Psicologia - CAP/UFPR
Centro Acadêmico de Comunicação Social - CACOS/UFPR
Centro Acadêmico de História - CAHIS/UFPR
Centro Acadêmico de Ciências Sociais - CACS/UFPR
Centro Acadêmico de Geografia - CAGEO/UFPR
Centro Acadêmico Vilanova Artigas - Arquitetura e Urbanismo - CAVNA/UTFPR
Centro Acadêmico de Licenciatura em Música - CALMU/EMBAP
Centro Acadêmico de Sociologia - CASO/PUC-PR
Assembléia Nacional dos Estudantes Livre - ANEL
CSP-Conlutas - Central Sindical e Popular
ONG Sociedade Peatonal
Movimento Hip-Hop
Coletivo Maio
Partido Acadêmico Renovador - PAR/UFPR
Coletivo Barricadas Abrem Caminhos
Coletivo Outros Outubros Virão
União da Juventude Comunista - UJC
Partido Socialismo e Liberdade - PSOL
Partido dos Trabalhadores - PT
Partido do Movimento Democrático Brasileiro - PMDB
Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado - PSTU
Juventude do Partido Social Cristão - J-PSC
Luta Socialista 
Consulta Popular

Saudações,

Bernardo Seixas Pilotto

Sociólogo e trabalhador do HC/UFPR
Diretor do Sinditest/PR

www.bernardopilotto.com.br
www.psolpr.org.br

"Saúde não se vende
Louco não se prende
Quem tá doente é o sistema social"

ATO por Educação de Qualidade em São José dos Pinhais!

Nossa luta é por educação de qualidade!

ATO AMANHÃ! PARTICIPE!

Neste ano o Colégio Estadual Ipê em São José dos Pinhais abriu matrículas apenas para 5º e 6º séries apenas no período da tarde, prejudicando pais e mães trabalhadores que precisam que seus filhos estejam na escola durante a manhã. Mesmo depois de diversas tentativas para modificar essa situação com o Núcleo Regional de Educação e a Secretária de Educação do Estado as reivindicações da comunidade não foram nem consideradas ou atendidas. 

Diante de uma situação de barbárie escolar a comunidade exige transformações! 

Considerando que a diretora do Colégio não busca dialogar com a comunidade, utiliza poucos professores desqualificados na escola, não tem uma orientação pedagógica e psicológica para a escola e os alunos, algumas vezes até utiliza a polícia para assustar alunos do colégio e prejudica a comunidade não abrindo turmas de 5º e 6º no período da manhã, nós não vamos ficar esperando por uma educação de qualidade no Colégio Estadual Ipê! 

Convidamos professores, pais, familiares, estudantes e interessados na educação pública de qualidade para o Ato para exigir:

- Contratação de professores qualificados, servidores e pegagogos já!

- Criação imediata de um Conselho Escolar de Pais, Mestres e Funcionários da Comunidade!

- Obrigatoriedade apenas do uso da camiseta escolar para as crianças devido ao preço exorbitante do uniforme!

- Criação de carterinhas para os alunos para organizar o fluxo de estudantes na escola!

- Não utilizar a repressão policial para educar os alunos da escola!

O Ato será AMANHÃ em frente ao Colégio Estadual Ipê as 9:00h. Para quem sair de Curitiba, a concentração será feira na Praça Santos Andrade as 8:00h. 

VENHA LUTAR CONOSCO! PARTICIPE!
Por uma EDUCAÇÃO de QUALIDADE!

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

“Novo Código Florestal levará a novas tragédias ambientais”, afirma Ivan Valente

Ivan Valente
Membro da Comissão Especial da Camara dos Deputados que debateu as mudanças propostas no Código Florestal, o deputado federal Ivan Valente alertou, neste final de semana, para os riscos que a nova versão da legislação trará não apenas para as florestas mas também para a população que hoje vive irregularmente em topos de morros e encostas. Como aconteceu em 2008 em Santa Catarina, parcela considerável da população afetada pelos deslizamentos da última semana no Rio de Janeiro vivia em áreas de risco que podem ser legalizadas caso a nova versão do Código seja aprovada no Plenário da Camara e o Senado.

Isso porque, segundo o relatório do deputado Aldo Rebelo, encostas e topos de morros não serão mais considerados áreas de preservação permanente e, portanto, estarão liberadas para construção de habitações.

“Ainda não discutimos essa questão de forma objetiva. Há questões climáticas, que entraram na ordem do dia dos países com a Conferência de Copenhague e de Cancun, e questões muito sérias como estas que vemos se repetir ano a ano quando as chuvas aumentam. Liberar construções em áreas como estas não apenas diminuirá a vegetação natural, que aumenta a resistência das encostas, como colocará um número ainda maior de pessoas em risco”, lembrou Ivan Valente.

O projeto do novo Código Florestal também reduz a faixa de preservação ambiental nas margens de rios, legalizando áreas como o Jardim Pantanal (zona leste de São Paulo), que ficou mais de dois meses debaixo d’água em 2010 e que sofre novamente com as enchentes. Por fim, o texto retrocede ao permitir que estados e municípios legislem na área ambiental, quando a competência deveria ser da União e somente complementada pelos entes da federação.

“Santa Catarina já aprovou um Código Florestal Estadual em desacordo com a legislação nacional em vigor. E mesmo vendo a tragédia se repetir na nossa frente, parece que não nos damos conta de que tudo isso é resultado, em primeiro lugar, das agressões do homem à natureza e, em segundo lugar, das inúmeras ocupações irregulars negligenciadas pelo poder público. Esperamos não depender de mais mortes para barrar esse tipo de política”, criticou o deputado federal do PSOL.

Plínio critica aumento de salários de congressistas

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Seminário de Planejamento e reunião do diretório estadual do PSOL Paraná

A direção estadual do PSOL aprovou em reunião a realização de "Seminário de Planejamento" no próximo dia 19 de fevereiro, e no dia 20 pela manhã, reunião do diretório estadual. O seminário terá a seguinte sugestão de pauta:

- Avaliação da campanha e da atuação do partido;
- Formação política;
- Inserção do partido nos movimentos sociais;
- Planejamento das ações;
- Política de finanças.

Atenciosamente,
Direção Estadual PSOL Paraná

domingo, 2 de janeiro de 2011

PSOL foi único partido que votou contra a equiparação de salários do Congresso com o dos ministros do STF



Votação no Congresso Nacional

A bancada do PSOL na Câmara dos Deputados foi a única a se manifestar contrariamente ao reajuste que equipara os subsídios dos deputados, senadores, ministros, vice-presidente e presidente da República aos rendimentos dos ministros do Supremo Tribunal Federal. Aprovado nesta quarta-feira (15) na Câmara e posteriormente no Senado, o Projeto de Decreto Legislativo 3036/2010 fixou o subsídio mensal desses cargos em R$ 26.723,13, a partir de 1º de fevereiro de 2011. Atualmente, o valor é de cerca de R$ 16.000,00.

A bancada do PSOL apresentou uma proposta alternativa, propondo que o reajuste fosse feito de acordo com o índice de inflação do período, que foi derrotada pela imensa maioria dos deputados, que votou pelo aumento de 62% nos próprios salários.


“A proposta aprovada eleva o subsídio dos Parlamentares ao teto do funcionalismo. Isso causa imenso impacto nas contas públicas e a incompreensão da população. Enquanto ficamos discutindo se o salário mínimo será R$ 540, R$ 560 ou R$ 580 reais, e todos dizem que não há recursos para isso, o Congresso aprova uma aumento de 62% para deputados, senadores, presidente, vice e ministros”, criticou Ivan Valente.

“É demasia e exagero, algo insustentável do ponto de vista social e político”, afirmou Chico Alencar. “Durante a campanha eleitoral recente, milhares de candidatos e partidos jamais apresentaram essa pretensão que, pelo efeito cascata e pela amplitude, afeta as contas públicas e diz respeito àqueles que representamos. Essa decisão desastrada, exagerada e insustentável aprofunda o abismo e o fosso entre o Parlamento e a sociedade. É, de certa maneira, advocacia em causa própria, o que é sempre questionável”, acrescentou.

O deputado Ivan Valente chamou a atenção ainda para outro problema vinculado ao debate sobre os rendimentos dos deputados: o financiamento privado de campanha. “Todos se indignam com o aumento aprovado nesta quarta no Congresso, o que está correto. Mas é preciso que a sociedade proteste também contra o financiamento privado das campanhas, que injetam bilhões nas contas dos deputados e que certamente abrem as portas para a corrupção. Não há empresa que doe tanto e depois não cobre a fatura na hora da votação de projetos que lhe interessam. Então a sociedade deve sim protestar contra este aumento abusivo, mas também se mobilizar pela aprovação do financiamento público e exclusivo de campanha”, concluiu Ivan Valente.